segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Soltem as amarras!!


Eu nunca fui partidária, nem ergui bandeira à favor da causa negra.
Nunca prevaleci minha raça nem menosprezei outras.
Eu acredito no meu povo, assim como acredito em todos os povos.
Não sou à favor de cotas.
Não somos exceção.
Se houve os que sofreram com a escravidão, tantos outros sofreram com as guerras, outros com as bombas atômicas, outros com o apartheid, outros com a imigração, outros com a fome.
Eu sei que existe preconceito, mas também sei que existem pessoas que sublimam esse pré-conceito.
Cada povo carrega em sua história momentos de luta, de perdas, de tristeza...mas também de vitórias e de conquistas.
Eu sou mulata, filha de negro e de branca, neta de índio com português, bisneta de alemão com japonês...Eu sou mestiça, filha do Brasil.


Viva o negro, o branco, o índio, o amarelo...Viva a pluralidade de gente, um salve a diversidade!!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Festival de Cultura do Paraná

Este mês acontece em Curitiba o Festival Cultural do Paraná....
Fiquei super feliz ao saber dessa iniciativa, que, diferente dos outros tantos festivais que acontecem por aqui, este está ao alcance de todo cidadão.
Praças, espaços culturais do Largo da Ordem e a Reitoria da UFPR, receberão grupos de várias cidades do estado. Serão mais de 130 atrações entre oficinas variadas, apresentações de dança, teatro e música além de debates, exposições, mostras de fotografia e de videos.
O evento acontece entre os dias 18 e 22 de novembro. Lembrando que todas as atividades são gratuitas!
Para saber mais acesse: www.festivaldecultura.art.br

Encontro vocês lá!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

"Que poema de Vinícius fala por você?'

Este fala por mim....

Ah, bem melhor seria poder viver em paz
Sem ter que sofrer
Sem ter que chorar
Sem ter que querer
Sem ter que se dar ...
Mas tem que sofrer
Mas tem que chorar
Mas tem que querer pra poder amar
Ah, mundo enganador
Paz não quer mais dizer amor
Ah, não existe coisa mais triste que ter paz
E se arrepender, e se conformar
E se proteger de um amor a mais
O tempo de amor
É tempo de dor
O tempo de paz
Não faz nem desfaz
Ah, que não seja meu
O mundo onde o amor morreu.

(Samba do Veloso)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Um viva para Obama


E não é que ele arregaçou as mangas?

Depois de tantas tentativas de arrasar com sua candidatura, retaliações, críticas e perversidades, Barack Obama tem mesmo se mostrado um presidente justo e disposto a mudanças.

Tenho acompanhado seus feitos e estou muito feliz com suas atitudes.

Nunca ergui bandeira à favor dos afrodescendentes, pois acredito que a cor de pele não seja motivo algum para tantos clamores. Antes de sermos negros, brancos ou amarelos, somos gente. E nisso eu, mera "escrevedora", e o presitente Barack Obama concordamos: "Não há uma América liberal ou conservadora, uma América branca ou negra, há os Estados Unidos da América" - e foi essa frase que me fez acreditar que ele realmente seria um bom presidente.

Logo depois da sua primeira aparição como candidato, todos os jornais do mundo estavam falando sobre a possível candidatura de um presidente negro. Claro que isso é motivo de orgulho, afinal, a história do povo negro não é nenhum conto de fadas, no entanto, quais meios de comunicação falaram exclusivamente da pessoa Barack Obama? Sem colocar à frente sua cor?

Não posso afimar, mas ao que parecia, isto era apenas um detalhe para Obama.

Ele propôs governar para todos.

E, na minha opinião, é o que tem feito.

No seu discurso de posse, Obama citou os desafios que enfrentaria, as dificuldades que estavam por vir..mas não esqueceu de dar ao povo norte-americano palavras de esperança. Obama provou que não se pode generalizar, que, apesar de posar como invensíveis, os Estados Unidos é feito de gente de carne e osso, que também precisa de ajuda e de um bom governante para trilhar novos caminhos e fazer um novo futuro.

Obama tem provado que é gente, que quer trabalhar à favor de seu povo e principalmente à favor da paz. "Nós provamos que a verdadeira força de nossa nação não vêm da escala de nossa riqueza, mas do poder de nossos ideais - oportunidade, democracia, liberdade e esperança".

Que este espírito de justiça perdure até o final de seu mandato.

Eu, como cidadã sulamericana faço votos.



terça-feira, 18 de agosto de 2009

ConFusão

E quando tudo parece calmo, vem o vendaval.
E quando eu achei que estava livre, você me acorrentou. Por que?
Porque você insiste em me deixar aos seus pés? Como se eu não tivesse vida também?
Porque você finge que me apoia, mas no fundo tem inveja das minhas conquistas?
Será que me enganei com você?
Não, não pode ser.. Mais uma decepção?
Poque você não me entende e me deixa ser quem eu realmente sou?
Porque me aprisiona a esse amor doentio?
Minha vida não é você.
Você está em minha vida. Entende?
Você faz parte de mim, mas não é o meu ser.
Eu não nasci pra agradar ninguém!
Eu sou o que sou...se agradar, muito que bem, ao contrário...eu não ligo pro que pensam de mim!

Eu só preciso de paz. De um minuto de silêncio e calmaria.
Apenas isso.
(autor desconhecido)

***

Silêncio, por favor
enquanto esqueço um pouco a dor do peito
não diga nada sobre meus defeitos, eu nem me lembro mais que me deixou assim
Hoje eu quero apenas, uma pausa de 1000 compassos

***

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Nem tudo é fácil

"É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua. É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo. Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?

...Se alguém errou com você, perdoa-o... É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga... É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça... É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz? Nem tudo é fácil na vida...
Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar para que não apenas sonhemos,
Mas também tornemos todos esses desejos, realidade!!!"

Cecília Meireles

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Contra o retrocesso!!!

De repente fiquei sem chão.
Ao saber da decisão do Supremo Tribunal Federal à respeito da não obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão de jornalista, pensei: e agora? O que eu faço com quatro anos de estudo, de dedicação para me tornar uma boa profissional?
É meus caros, o Excelentíssimo Presidente do Senado esqueceu que tem coisas que só a Academia nos ensina. Como a ética profissional por exemplo.
Ah, mas ética não é, definitivamente, a experiência do Senado.
Não apenas nessa área. Falta moral, respeito com o cidadão brasileiro.
Gostaria de lembrar os senadores que por falta de atitudes éticas e morais, é que por muitos anos o Brasil foi administrado com resquícios de incompetência.
Infelizmente, Caro Senador, ética e moral, nem sempre se aprende em casa e também não é exclusivo de pessoas abastadas como o senhor. Não depende de classe social. Não vem de berço.
Estes valores adquirimos durante a vida, e, a universidade reforça esses valores (ou pelo menos deveria) para uma futura prática profissional.
Com todo respeito, essa decisão é uma completa burrice! É abraçar o retrocesso e seguir de olhos fechados.
Qual será a próxima decisão destemperada do Tribunal? A volta do AI-5?
Apesar disso, sei que ainda existem profissionais que acreditam em um jornalismo sério e responsável, com compromisso com a sociedade e que não deixará por menos esta decisão.
O senhor comprou uma briga com "cachorro grande" e é disso que nós jornalistas gostamos!!

****

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Ahh o amor...

Muito falamos sobre o amor.
Pouco sabemos sobre o amor.
Poetas tristes, falam sobre o amor perdido, não correspondido. Divagam entre a ternura e a incerteza, entre a alegria e a tristeza...Das várias maneiras de amor e de amar, nenhuma me toca mais ao coração quanto os versos de um poema triste.

Para saborear....

Na solidão da minha vida
Morrerei, querida do te desamor
Muito embora me desprezes
Te amarei constante
Sem que a ti distante
Chegue a longe e triste voz do trovador

Feliz te quero, mas se um dia
Toda essa alegria
Se mudasse em dor
Ouvirias do passado
A voz do meu carinho
Repetir baixinho
A meiga e triste confissão
Do meu amor.


(Mestre Villa-Lobos)

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Mas é carnaval...

Depois de um período sem muita coragem pra entrar e atualizar, voltei.
Mais um carnaval chegou na província de Curitiba...Ah como eu gostaria de estar no RJ, ou até mesmo na Bahia pulando atrás de algum trio!
Mas já que a grana ta curta e meu TCC ta me esperando ancioso, fico por aqui e procuro me divertir moderadamente.

Ja coloquei Abel Ferreira, Waldir Azevedo e Jacob do Bandolim pra tocar. Afinal hoje é carnaval e eu só quero marchinhas, caipirinhas e serpentinas na minha alcova.
Preciso de companhia melhor?


...Deixa o barco correr, deixa o dia raiar, que hoje eu sou da maneira que você me quer, o que você pedir eu te dou, seja você quem for, seja o que Deus quiser...

sábado, 10 de janeiro de 2009

Nada é tão clássico que não possa ser popular...


Aos 12 anos troquei o Plié pelo Stacatto e mais tarde o Minuetto pelo Choro. Quando todos os meus amigos ouviam Mamonas Assassinas eu cantarolava "I should be dancing" dos Bee Gees enquanto saía do Colégio São José à caminho de casa.


Sempre fui da “pá virada” e no começo tinha medo de assumir publicamente meus gostos, mas depois de certa idade vi que isso não tinha menor cabimento.


Comecei com a calça xadrez, fui decidia à loja de tecidos Imperial onde comprei meu primeiro corte e como se não bastasse a audácia, mandei fazer um modelo clássico na alfaiataria mais antiga de Curitiba, a Alfaiataria Saldanha. Claro que meu primeiro “desfile” com ela não foi nada convencional, mas eu não me importava e sem pudor passei pela rua XV numa semana bem movimentada. Todos os olhares estavam voltados pras minhas pernas. Alguns com aprovação, outros com estranheza e acreditem, algumas pessoas vieram me perguntar, em tom de segredo, onde eu havia comprado, como se fosse motivo de vergonha para elas gostar da “bendita” calça xadrez.


Naquele momento percebi que eu não estava assim tão fora dos padrões, apenas fiz o que muitos gostariam de fazer, mas não tinham coragem. Claro que a estilista Glória Kalil já tinha anunciado a nova tendência, mas como eu raramente acompanho a moda, fiquei sabendo dessa valorosa informação depois que miraculosamente calças xadrez de todos os tipos, apareceram em outras pernas também.


Já que estamos falando de extravagância... Sempre fui fissurada por chapéus, mas por ser mulher e morar em um país tropical, o uso desse acessório sempre ficou a encargo dos homens e das mulheres chick’s do high society. Mas até ser popularizado novamente, fiquei com as mãos, ou melhor, com a cabeça coçando pra poder usar um. Afinal, eu já tinha uma calça xadrez, agora só faltava o chapéu. Pétaso foi o primeiro chapéu a ser usado na história da humanidade, esse modelo que foi predominante por toda a Idade Média, era usado pelos gregos em suas viagens, como forma de proteção. O tempo passou e a partir da segunda metade do séc. XVIII a criação deste acessório tornou-se mais ousada e criativa, atingindo seu ápice no período da Belle Époque, entre o fim do séc. XIX e início do séc. XX.


Se antes o chapéu era usado apenas como forma de proteção, ele nunca mais foi o mesmo depois da chegada do Chochê. Nessa época os chapéus, especialmente os femininos, eram riquíssimos. Feitos em feltro, palha e veludo eram adornados com fitas, véus, plumas, flores e penas de aves exóticas. Quanto maior fosse seu glamour, maior a denotação de elegância e riqueza.


E como é bom saber que não estamos sozinhos. No Orkut existe uma comunidade em prol da volta do chapéu. Com 2.425 membros, o mais interessante é a participação de jovens, não só os descolados, mas de diversos estilos. Em um dos tópicos você pode contar qual chapéu tem e os que gostaria de ter. O mais surpreendente são as respostas. Desde os clássicos Panamás, que pra muitos é "coisa de velho" até os de cowboy, cartolas, estilo Charles Chaplin, Che Guevara, grandes, pequenos, com bolinha, com listra... Em meio a esse dilema do que é clássico e do que é popular, o Fedora - que tem esse nome por conta da peça teatral Fédora, de Victorien Sardou é conhecido também como Borsalino, sobrenome do fundador de uma fábrica de chapéus em 1857- veio com tudo em 2007, para homens e mulheres, e o melhor, para todos os bolsos.


Finalmente tinha chegado à hora de comprar o meu. O preto com risca de giz ganhei da minha avó, este pude estrear em grande estilo, jogando sinuca com meu pai, tomando caipirinha de Estanhegue ao som de musica cubana em um bar “xiquérrimo” . O marrom eu mesma me presenteei e usei pela primeira vez indo para o ensaio do Conservatório de MPB num dia de muito frio. Eu só não podia contar que ele ia se popularizar tanto. De Madonna à Ne-Yo, de meninas com look retrô aos próprios senhores retrô da Boca Maldita, dos cantores de pagode aos alunos na saída da escola. O tal do Fedora estava em todos os locais, dos mais sofisticados à periferia, acompanhando os mais diversos estilos.


Mas não pensem que parei por ai, no meu cabideiro sempre há espaço para mais um. E não me refiro só a chapéus não. Blusas de Petit Poá, echarpes, anéis de acrílico no estilo “pra frentex”, sapatos de boneca... Não que eu agora, aos 21 anos seja ligada em moda, mas uma coisa tenho que agradecer a ela: poder tornar popular tudo aquilo que era clássico é de certa forma amenizar a barreira que existe entre as classes. E isso é muito legal!


quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Começou 2009!

Resolvi começar este ano dando uma cara nova pra esse blog, afinal, se é pra recomeçar, nada melhor que dar uma mudada no "visu"...
Resolvi não prometer atualizar esse espaço toda semana...
Resolvi não planejar o futuro e viver; viver muito e intensamente o presente...

E pra começar a prosa... Angenor de Oliveira, compositor, cantor e instrumentista carioca. Nasceu no bairro do Catete em 1908 e fez vários sambas-enredo pra sua escola do coração: Mangueira e foi autor de sucessos como Disfarça e Chora, Corra e Olhe o Céu e Alvorada!

Gostando ou não de suas músicas, Cartola é o reflexo da nação brasileira, suas canções serão sempre protagonistas nas rodas de samba.

Deixo aqui então a dica pra começar o ano sambando, é claro:


ALVORADA

Cartola / Carlos Cachaça / Hermínio B. de Carvalho

Alvorada lá no morro que beleza

Ninguém chora, não há tristeza

Ninguém sente dissabor

O sol colorindo é tão lindo, é tão lindo

E a natureza sorrindo, tingindo, tingindo, alvorada

Você também me lembra a alvorada

Quando chega iluminando meus caminhos tão sem vida

E o que me resta é bem pouco quase nada

Do que ir assim vagando

Nesta estrada perdida, alvorada

Alvorada lá no morro...